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HISTÓRIA DO BRASIL
terça-feira, 14 de outubro de 2008
HISTÓRIA DO BRASIL
segunda-feira, 6 de outubro de 2008
terça-feira, 26 de agosto de 2008
Usar ou não algemas
USAR OU NÃO ALGEMAS
Algemas não devem ser usadas para prender ricaços. Por quê? Porque Todo Mundo sabe que quem tá algemado tá preso. E Todo Mundo tem de saber que ricaços não podem ser presos. Quando muito, são convidados para Algum Lugar onde levem um papo tranqüilo com representantes da Lei e advogados. Sendo absolutamente inevitável o engaiolamento do ricaço, sua abordagem, seu transporte e até mesmo Algum Lugar devem ser enfumaçados de mistério, prá que Todo Mundo não veja, senão ocorrerá uma monstruosidade chamada Constrangimento. O importante é que Todo Mundo não saiba direito o que houve. Porque se souber, Todo Mundo poderá querer usar seu voto para mudar o rumo de tudo e haverá o risco do mundo virar de cabeça para baixo. Mas o que Todo Mundo já viu, ninguém pode mais negar. E aconteceu que a polícia meteu os pés pelas mãos, algemando e enjaulando na frente de Todo Mundo não apenas um ricaço, mas o próprio paidégua dos ricaços. Foi uma baita confusão que deu. Um corre-corre desgraçado, imprecações furiosas, gritos e tabefes. Realizou-se o fantasmagórico Constrangimento. Encomendaram um navio cargueiro cheio de panos quentes. E prá tentar evitar que tal loucura se repita, juízes saíram apressadamente prá baixar uma lei (no Brasilzim de Açúcar juízes podem baixar leis) dizendo que dalí por diante, ao ser preso, ninguém mais deverá ser algemado. Isso, prá Todo Mundo pensar que o que vale pro ricaço vale também prá Todo Mundo. Mas Todo Mundo tá achando que essa tal lei é prá fazer boi dormir. Seja como for, fiéis defensores da justiça já acataram a decisão ao pé da letra. Tem-se notícia de que em Propriá do Cariri o cabo do destacamento, prá transportar um elemento chamado João Sabonete até seu Algum Lugar, que no caso é mesmo o xilindró, mandou o praça ao mercado comprar dez braças de corda de carnaúba numero dois e deu um nó no sujeito desde a cintura até o pé do pescoço.
Antonio José Soares Brandão
ajsbrandao@gmail.com
Fortaleza-Ceará